Com profundo pesar, comunicamos que faleceu na noite de 08/10 p.p., em Campo Grande (MS), o nosso confrade Hélio Serejo, aos 95 anos de idade. Nascido no Município de Nioaque (MS), no dia 1° de junho de 1912, e um dos maiores nomes da literatura nacional, Hélio Serejo – que ocupava a cadeira nº 30 da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras – havia sido internado há alguns dias num hospital da capital. O corpo foi velado no Parque das Primaveras e o sepultamente ocorreu às 9h.
Escritor, jornalista, poeta e folclorista, Hélio Serejo deixa mais de 60 obras publicadas, dentre as quais:
Tribos Revoltadas – Novela Íncola – 1935
Carreteiro de Minha Terra – 1936
Modismo do Sul de Mato Grosso – 1937
3 Contos – 1938
4 Contos – 1939
Homens de Aço – A Seita nos Ervais de Mato Grosso – 1946
Ronda Sertaneja – 1949
Rincão dos Xucros – 1950
Prosa Rude – 1952
Canto Caboclo – 1958
O Homem Mau de Nioaque – 1959
Poesia Mato-Grossense – 1960
Buenas Chamigo – 1960
De Galpão em Galpão – 1962
Versos da Madrugada – 1969
Carta de Presidente Venceslau ao Cumpadre Nasermo – 1970
Prosa Xucra – 1971
Pialo Bagual – 1971
Vento Brabo – 1971
Discursos de Posse – 1973
Rodeio da Saudade – 1974
Vida de Erva – 1975
Contas do Meu Rosário – 1975
Zé Fornalha – 1976
Abusões de Mato Grosso e de Outras Terras – 1976
Campeiro da Minha Terra – 1978
Fogo de Angico – 1978
7 Contos e Uma Potoca – 1978
Lendas da Erva-Mate 1 – 1978
Pelas Orilhas da Fronteira – 1981
Lobisomem – 1982
Palanques da Terra Nativa – 1983
Hélio Serejo pertencia às seguintes Academias, Centros Culturais e Sociedades: – Academia Sul-Mato-Grossense de Letras; – Academia Mato-Grossense de Letras; – Academia Pontaporense de Letras; – Academia Douradente de Letras; – Academia Piracicabana de Letras; – Academia de Letras de Curitiba; – Instituto Histórico e Geográfico do MS; – Centro de Cultura D. Aquino Correa, Cuiabá; – Centro Folclórico Sul-Americano de Bogotá; – Casa Humberto de Campos do Rio de Janeiro; – Centro de Cultura Coelho Neto do Rio de Janeiro; – Centro de Pesquisa Folclórica de Teresina; – Casa dos Poetas de João Pessoa, Paraíba; – Centro de Cultura Literária de São Luiz, Maranhão; – Sociedade do Folclore do Recife; – Cultura Crioula de Paissandu, Uruguai; – Sociedade de Pesquisa Campechana de Porto Alegre; – Sociedade de Pesquisa Folclórica de Lisboa, Portugal; – Casa do Poeta de Guiratinga, Mato Grosso; – Centro de Cultura Folclórica de Assunção, Paraguai; – Sociedade de Cultura D. Pedro II do Rio de Janeiro; – Centro de Letras Euclides da Cunha de Ponta Grossa, Paraná.
Como jornalista, Hélio Serejo trabalhou e colaborou nos seguintes órgãos: – “Folha do Povo” de Ponta Porã; – Revista “A Fronteira”, Ponta Porã (de sua propriedade); – “A Gazeta”, “O Município” e “O Liberal”, de Presidente Venceslau, SP; – “Correio Paulistano” e “Jornal do Folclore”, da Capital de São Paulo; – Revistas “Vida Doméstica” e “Boa Nova”, do Rio de Janeiro; – Jornal “A Noite” do Rio de Janeiro; – “Diário de Ponta Grossa”, Ponta Grossa, Paraná.
Ocupou os cargos de: – Chefe do Setor Farmacêutico do 3° RI, Praia Vermelha, Rio de Janeiro; – Investigador de Polícia Especial no Rio de Janeiro; – Oficial do Registro Civil em Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul; – Fiscal de Rendas nas cidades de Rio Brilhante, Maracaju e Dourados, MS; – Delegado de Recenseamento da Região de Rio Brilhante; – Escriturário da Comissão de Limites Brasil-Paraguai; – Assessor do Engenheiro Chefe da Comissão de Limites Brasil-Paraguai; – Assessor de Gabinete do Governador no antigo Território Federal de Ponta Porã; – Auxiliar do Diretor de Imprensa do antigo Território Federal de Ponta Porã; – Chefe do Departamento de Terras e Colonização do antigo Território Federal de Ponta Porã; – Assessor do Diretor do Diário Oficial do antigo Território Federal de Ponta Porã; – Diretor de Assistência Social da Prefeitura de Presidente Venceslau (SP).
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Descanse em paz, Hélio Serejo.
Hélio Serejo, o “trilhador de todos os caminhos”, como bem disse (e escreveu) o confrade H. Campestrini num texto (em homenagem aos 93 anos de Hélio) publicado em 2005, que termina assim:
(…) “Parabéns, Hélio! Obrigado por tudo que você escreveu, para orgulho de nossa terra. Peço-lhe perdão por não ter, o Governo do Estado, erguido sua estátua em diversos locais deste nosso abençoado chão, que Hélio tanto exaltou. Talvez não tenha feito, porque você merece muito, muito mais que o frio bronze e a imobilidade desses monumentos. Porque você é misto “de índio vago, cruza-campo e trota-mundo”.