Feliz, Manoel de Barros exibe Colar Acadêmico ASL

 Aconteceu recentemente a celebração da posse oficial de Manoel de Barros como Acadêmico da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras – condição conferida por decisão/votação unânime da entidade. Em assembleia geral do sodalício, na tarde de 23/07, Manoel de Barros assumiu a titularidade da Cadeira nº 1 da ASL.
Na ocasião da posse, o ilustre poeta recebeu – da Diretoria da Academia – o Diploma e o tradicional Colar Acadêmico da ASL. Conforme pauta do especial evento, os acadêmicos Abílio de Barros, Henrique de Medeiros, Rubenio Marcelo e Reginaldo Alves de Araújo usaram a palavra enfatizando a representatividade da cerimônia. Os poetas/acadêmicos Henrique de Medeiros e Rubenio Marcelo saudaram em rápidas palavras o novo acadêmico, destacando as qualidades já por demais conhecidas do homenageado e a relevância do ato para a Academia e para a literatura estadual. O presidente da ASL, Reginaldo Alves de Araújo, efetivou o feito, diplomando e também saudando Manoel de Barros, que, visivelmente feliz, agradeceu a todos pela Cadeira que passa a ocupar. Também se pronunciaram na ocasião, de forma concisa, os acadêmicos Geraldo Ramon Pereira e Maria da Glória Sá Rosa.
Preparando-se para as comemorações de 42 anos de fundação, a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras – contemplando Manoel de Barros como Acadêmico do seu quadro – recebe assim, com justiça, um dos mais aclamados poetas brasileiros contemporâneos, que inclusive foi premiado recentemente pela ABL (Prêmios Literários 2012) na categoria poesias.
Nascido em Cuiabá/MT (em 19 de dezembro de 1916), autor de inúmeras obras poéticas e detentor de importantes premiações culturais (dentre as quais, dois Prêmios Jabutis: 1989 e 2002) e incontáveis homenagens, Manoel de Barros começou a publicar seus livros de poemas em 1937 (livro “Poemas Concebidos Sem Pecado”). Sua obra tem sido objeto de teses, ensaios, filmes, peças de teatro e vídeos. Falando sobre o poeta, a escritora e acadêmica Maria da Glória Sá Rosa disse que “definições de poesia existem inúmeras. Nenhuma tão apropriada, tão definitiva como ‘poesia é voar fora da asa’, com que Manoel de Barros nos brinda em ‘O Livro das ignorãças’, publicado em 1993. Até hoje não me lembro de alguém que tenha condensado de forma tão perfeita o mistério, o encantamento, as ilimitadas possibilidades do fazer poético em frase tão reduzida. Principalmente a liberdade de criar e tornar infinitas as coisas mais insignificantes e perecíveis”.

release: ASL – (foto: ® Zé Enrique Guimarães)