Também conhecidos como microconto, nanoconto ou conto mínimo, “Minicontos: gênero literário pós-moderno” é o título da palestra do Chá Acadêmico do mês de junho da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras – a ser realizada neste dia 29, no auditório da ASL na rua 14 de julho, 4653. Os acadêmicos Ana Maria Bernardelli e Samuel Medeiros serão os palestrantes que irão discorrer sobre a narrativa do Miniconto e sua brevidade, concisão e densidade – reunindo em breves palavras uma história ou uma suposição de história a ser imaginada pelo leitor.

Segundo o presidente da ASL, Henrique de Medeiros, o tema do Chá Acadêmico de junho é extremamente atual pela atenção que o miniconto vem tendo nos últimos anos pela comunidade literária, uma vertente que “exige do leitor uma participação ativa na construção do sentido da história, pois muitas vezes o autor deixa lacunas, sugestões e ambiguidades que precisam ser preenchidas pela imaginação.

Como apresentação cultural do evento, haverá a segunda apresentação do “Música Erudita e suas Fronteiras”, realizado em parceria pelas ASL e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS – dentro do projeto “Movimento Concerto”. Serão interpretadas em pequeno recital canções do compositor renascentista John Dowland (1563-1626), originalmente compostas para voz e alaúde, que costumavam ser tocadas nos entreatos das peças do dramaturgo inglês William Shakespeare.

Abordando esse repertório, o Duo Mel às Cinzas, formado em 2022 e composto por Elouise Miranda – cantora, violinista e professora, formada no Curso de Música da UFMS – e Max Packer – compositor, professor adjunto do Curso de Música da UFMS, doutor em composição musical pela USP e mestre em música pela UNICAMP – é o convidado do mês da ASL-UFMS.

OS PALESTRANTES

Ana Maria Bernardelli ocupa a cadeira 27 da ASL. É poeta, ensaísta, crítica literária e palestrante. Graduada em Letras, é professora especialista em Literatura Brasileira e Portuguesa, atuando por mais de 40 anos como professora de Literatura e Produção Textual e exercendo magistério desde o ensino básico até a Universidade. Também é Musicista certificada pelo Centro de Artes do Rio de Janeiro. Formada em Língua e Literatura Francesa pela Université de Nancy, França. É Membro da Comissão sul-mato-grossense de Folclore.

Samuel Xavier Medeiros ocupa a cadeira 26 da ASL. É escritor e advogado, e também membro do Instituto Histórico e Geográfico de MS. Ex-presidente do Conselho Municipal de Cultura de Campo Grande, possui várias premiações literárias, tendo sido inclusive vencedor do Concurso de Contos Ulysses Serra, da ASL. Escritor de tendência memorialista, tem vários livros publicados, e lançou neste mês um novo livro, justamente dentro do gênero minicontos.

Serviço

Chá Acadêmico da ASL 

“Minicontos: gênero literário pós-moderno”

Palestrantes: Ana Maria Bernardelli e Samuel Medeiros

Dia 29 de junho de 2023, às 19h30

ASL, Rua 14 de Julho, nº 4653, Altos do São Francisco.

Entrada franca

A realização de palestras do TJMS sobre processos com valor histórico a serem ministradas em escolas públicas estaduais de ensino médio, com a exposição dos autos físicos e de totem interativo, além de outras palestras sobre a importância da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras dentro do processo da memória literocultural do Estado, foram objetivo do Termo de Cooperação mútua assinado ontem entre o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Educação (SED) e a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL) durante as atividades do Gabinete de Integração do Tribunal.

A assinatura se deu durante atividades do Gabinete de Integração do TJMS, uma iniciativa para conhecer, entender e indicar melhorias para o sistema judiciário estadual. O termo teve as assinaturas do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul – TJMS, desembargador Sérgio Fernandes Martins; presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, escritor Henrique Alberto de Medeiros Filho; e, representando a SED – Secretaria de Estado de Educação de MS, a superintendente de Políticas Educacionais, Adriana Buytendorp.

O presidente do TJMS destacou a relevância histórica do projeto Memórias do Judiciário nas Escolas, e segundo o presidente da ASL, Henrique de Medeiros, “é muito bonito ver o judiciário preocupado com a memória e com a educação, firmando parcerias voltadas para a preservação do que é memória, do que é história, e que, na realidade, representam o futuro do nosso Estado”. A superintendente da SED, Adriana Buytendorp, reforçou “os benefícios que a parceria traz para a sociedade como um todo do Estado”.

Por meio da parceira entre as partes, o TJMS se comprometeu a localizar e separar processos para serem usados como base nas palestras e exposições, e indicar servidores que falarão com os alunos. A Academia Sul-mato-grossense de Letras responsabilizou-se por acompanhar os encontros, disponibilizar materiais para os alunos e realizar uma apresentação histórica da ASL. Por sua vez, a Secretaria de Educação do Estado garantirá a indicação das escolas aptas a receberem o projeto, o cronograma de visitas, além de designar professor que acompanhará as exposições para trabalhar os temas apresentados de maneira lúdica.

Zeli Paim de Menezes Lopes Vasques, diretora do Departamento de Gestão Documental e Memória da Secretaria do TJMS, “o projeto levará à população do Estado, por meio de jovens e estudantes, o conhecimento a respeito de MS e da história da justiça”.

Extremamente entristecida, a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras comunica o falecimento do acadêmico Augusto César Proença, cadeira nº 28 desta Casa. Professor, contista, historiador brasileiro e pesquisador da cultura pantaneira e regional, Proença estava com 85 anos (15/08/1937), era natural de Corumbá (MS) e formado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras da Região dos Lagos (Cabo Frio, Rio de Janeiro).

Era membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, da Academia Corumbaense de Letras e do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, sendo que por décadas escreveu, como colaborador, para o Suplemento Cultural (Caderno B) do Jornal Correio do Estado (Campo Grande/MS); e para a Revista da ASL.

Entre suas obras publicadas, estão Snackbar (1979), Raízes do Pantanal (1989), A Sesta (1993), A condução (1995), Pra qualquer lugar (1995), Nessa poeira não vem mais seu pai (1996), Pantanal: gente, tradição e história (1997), Corumbá de todas as graças (2003) e Memória Pantaneira (2004); foi roteirista e diretor do curta-metragem “A poeira”, baseado no seu conto “Nessa poeira não vem mais seu pai”. Participou também de várias Antologias nacionais.

Muito ligado cultura e história do Pantanal, Proença foi um escritor que retratou a vida, a cultura e a natureza do Pantanal, com um estilo realista e regionalista, abordando personagens e situações típicas da região. Buscou, também, resgatar a memória e a identidade pantaneira, valorizando suas tradições e sua diversidade.

Augusto César Proença recebeu várias premiações, entre elas o Concurso de contos “Ulisses Serra” (Campo Grande / MS), Prêmio de Edição Concurso Academia Valenciana de Letras e Contos “O Tio” (Valença / RJ); Prêmio de Edição Concurso da Editora Litteris Conto Paz e Amor (Rio de Janeiro / RJ) e 1° lugar no Grande Concurso de Contos e Poesia do Brasil Editora Litteris (Rio de Janeiro / RJ).

Bastante participativo culturalmente, Augusto César Proença se fez presente e participou de inúmeros Encontros, Festivais, Congressos e Simpósios relativos a atividades literoculturais. A Cadeira 28 da ASL pertenceu anteriormente ao saudoso acadêmico Lécio Gomes de Souza.

Que descanse em paz.