A poeta, cronista e professora Sylvia Cesco, tradicional nome no ativismo cultural e literário do Estado, foi eleita como nova imortal da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, em assembleia geral de acordo com recente edital de abertura de vagas, conforme o estatuto da ASL. Sylvia Cesco ocupará a Cadeira nº 37, na sucessão do saudoso acadêmico Francisco Leal de Queiroz. A votação, realizada no auditório da sede da Academia, teve significativa presença de Acadêmicos e foi conduzida pelo presidente da ASL, Henrique de Medeiros, pelo acadêmico Abraão Razuk, que presidiu o processo da eleição, e pelo secretário Oswaldo Barbosa Almeida.

A escritora Sylvia Cesco (foto Roberto Higa)

A nova imortal, eleita por maioria, é natural de Campo Grande, MS. É graduada em Letras Neolatinas e posteriormente em Pedagogia, ambas pela pela Fucmat (atual UCDB); tem pós-graduação pelo MEC-INEP/USP; especialização em Língua Portuguesa pela Universidade de Taubaté – SP; e Especialização em Roteiro para Rádio, TV e Vídeo pela ERTEL. Como escritora, além de cronista e poeta, é autora e diretora de peça de teatro, letrista de músicas, e foi roteirista-auxiliar do filme “Nasce uma Estrela”, sobre Glauce Rocha.

Tem os livros publicados “Guavira Virou”; “Mulher do Mato”; “Sinhá Rendeira”; “Três Poetas uma Via: Aldravia” (em coautoria); “Ave Marias, Cheias de Raça”; “Histórias de Dona Menina”; “A Glória dessa Morena” (coautora e organizadora); “Amor e volezza – amor lncondicional” (em coautoria); “Vozes da Literatura” (em coautoria); “Palavras Pelo Correio” (coautora e organizadora) e “Um Palmo e Meio de Proseio”. Participou das Antologias “Mato Grosso do Sul – 40 anos”, “101 Reivenções para Manoel de Barros” e “Antologia de Autores de Mato Grosso do Sul”. Possui publicações em Revistas literárias deste e de outros Estados. Escreveu para o Jornal “Correio do Estado” até 2021, e atualmente escreve para o Jornal “O Estado de MS” e para o Blog: “Cultura é sobrevida de um povo”, de Alex Fraga.

Alguns dos Acadêmicos presenciais na votação para nova vaga da ASL

Sylvia ainda apresentou, prefaciou e posfaciou obras de vários escritores e poetas de MS. Foi selecionada e premiada em Concursos Literários regionais e nacionais. Escreveu e dirigiu as peças de teatro: Emitê emite”, elaborada com textos de poetas regionais (Manoel de Barros e Alceste de Castro Lobivar Matos), nacionais e internacionais, e “As Mãos São Ferramentas de Deus”, com versos de Fernando Pessoa. Participou como intérprete e/ou jurada de vários Festivais de Música de Campo Grande, e foi Coordenadora da Comissão da Área de Cultura por ocasião dos festejos do Centenário de Campo Grande.

Exerceu cargos de assessoria à FAPEMS, Fundação de Apoio ao Ensino e à Pesquisa de Mato Grosso do Sul- órgão ligado à UEMS. Foi também representante da Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor em MS, órgão do Ministério de Assistência social, por oito anos, em cuja gestão propôs a substituição da Política Nacional vigente de internação de crianças e adolescentes em situação de abandono, nos internatos tradicionais, pela de acolhimento em residências menores (Casas-lares), projeto que lhe rendeu homenagem e reconhecimento do então MPAS. Durante sua gestão, também participou da elaboração do ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente; da implantação dos Conselhos Tutelares nas cidades de MS; e do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Campo Grande.

É voluntária há mais de duas décadas na Associação Pestalozzi de Campo Grande, com foco na inclusão de atividades literoculturais de nossos artistas e escritores aos alunos da Escola “Raio de Sol” dessa referida Associação.

Foi Presidente da UBE-União Brasileira de Escritores, sob cuja gestão criou a Revista Literária Piúna.

A imortal Sylvia Cesco ocupará a Cadeira 37 da ASL (foto Vaca Azul)

A Academia Sul-Mato-Grossense de Letras

A ASL completou 52 Anos – com 40 Cadeiras vitalícias, aos moldes da ABL – e foi fundada pelos escritores Ulisses Serra, Germano de Souza e José Couto Pontes em 30 de outubro de 1971. A instituição surgiu com o nome de Academia de Letras e História de Campo Grande, denominação que predominou até final de dezembro de 1978. Instalada a nova unidade da Federação (MS), a entidade foi transformada em Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL). A ASL – referência cultural no estado – registra ao longo da sua existência uma história marcante voltada para a defesa da língua portuguesa e o cultivo da arte literocultural, zelando e incentivando todas as derivações da cultura nacional e estadual. Possui sede na Rua 14 de Julho nº 4653, em Campo Grande.

Os atuais membros da ASL são: Abrão Razuk; Altevir Soares Alencar; Américo Ferreira Calheiros; Ana Maria Bernardelli; Elizabeth Fonseca; Emmanuel Marinho; Enilda Mougenot Pires; Fábio do Vale; Geraldo Ramon Pereira; Guimarães Rocha; Henrique Alberto de Medeiros Filho; Humberto Espíndola; Ileides Muller; José Couto Vieira Pontes; José Pedro Frazão; Lenilde Ramos; Lucilene Machado Garcia Arf; Marcos Estevão dos Santos Moura; Maria Adélia Menegazzo; Marisa Serrano; Orlando Antunes Batista; Oswaldo Barbosa Almeida; Paulo Corrêa de Oliveira; Paulo Sérgio Nolasco dos Santos; Paulo Tadeu Haendchen; Pe. Afonso de Castro; Pedro Chaves dos Santos Filho; Raquel Naveira; Reginaldo Alves de Araújo; Renato Toniasso; Rubenio Marcelo; Samuel Xavier Medeiros; Sérgio Fernandes Martins; Theresa Hilcar e Valmir Batista Corrêa. Sérgio Cruz e Sylvia Cesco aguardam solenidades de posse.

O Encontro de Corais Natalinos, celebrando uma data de destaque no calendário anual do eventos da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, será realizado nesta sexta-feira, dia 15, no auditório da instituição, às 19h. O evento, que encerra o calendário anual de atividades em 2023 da ASL, terá a participação de seis corais da capital. Sob a coordenação do acadêmico Américo Calheiros, o público interessado poderá usufruir, durante uma hora e meia, de tradicionais canções natalinas e outras que há décadas encantam os apreciadores do natal.

Presencial, o encontro será realizado com entrada franca no auditório da sede da ASL, na rua 14 de Julho, 4653, nos Altos do São Francisco. Segundo Henrique de Medeiros, presidente da ASL, a realização do Encontro destaca a importância da cultura dos corais e amplia parcerias da Academia que hoje já envolvem música e também as artes plásticas, “trazendo um ambiente de paz e confraternização”. Os renomados coros que se apresentarão na ocasião são CanteMus, Coral Senhora de Fátima, Coral Espírita Scheilla, Coral Fronteiras Abertas, Coral Canto Livre e o Coral Em Canto.

Acadêmico Américo Calheiros

Para Américo Calheiros, coordenador do evento, o encontro possibilíta o fortalecimento e a difusão do canto coral em Campo Grande, favorece a troca de experiências entre os coros participantes e amplia o calendário cultural de eventos no mês de dezembro na capital. No repertório dos corais, além das músicas populares de natal como Noite Feliz, estão É Natal, Natal Branco, Halleluya, Noite mais Bonita, Adeste Fidelis, Sagrada Família, Noite Santa, Cantata Cabocla, Nações Louvai, entre várias outras que engrandecem o Natal e seu significado.

A Academia Sul-Matogrossense de Letras torna o Encontro de Corais Natalinos um evento marcante no encerramento de suas atividades artistico-culturais, celebrando o fim de ano junto à comunidade estadual com uma noite de encantamento, em que o espírito natalino se faz presente.

Coral CanteMus

O Coral CanteMus, regido e coordenado pela Dra Ana Lucia Gaborim, é formado por acadêmicos do Curso de Licenciatura de Música da UFMS e por cantores da comunidade. O Coral iniciou suas atividades oficialmente em 2017, como projeto de extensão da Universidade e já participou de inúmeros eventos na capital e também em eventos de renome como o 37º Festival Internacional de Música de Londrina (PR) e do Projeto Coral Virtual de Brasília.

Coral Senhora de Fátima

O Coral Senhora de Fátima, regido pela professora Simone Vieira Carvalho Gomes, iniciou suas atividades no ano de 1997, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Campo Grande, com o objetivo de servir nas atividades paroquiais. O Coral já realizou Encontros de Liturgia e Canto Pastoral, o Oratório de Natal – Natividade e visita à Santa Casa, cantando em todos os andares, levando comforto em forma de canção.

Coral Espírita Scheilla

O Coral Espírita Scheilla, regido pelo maestro Fábio Bernobic, foi criado em 1986 por membros da Comunhão Espirita Casa da Scheilla, com a finalidade de divulgar a Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus por meio do canto coral. Embora seja um coral espírita, acolhe integrantes de outras religiões que estejam buscando o ideal cristão.

Coral Fronteiras Abertas

O Coral Fronteiras Abertas, criado e coordenado por Américo Calheiros, conta também com a coordenção da coralista Kátia Francisca. Com o objetivo de expandir as fronteiras culturais, o Coral canta em diferentes idiomas e até dialetos e tem em sua regência o maestro Orion Cruz. Com sete anos de existência, sempre em atividade, exceto durante a pandemia, o Fronteiras Abertas já realizou mais de cinquenta apresentações.

Coral Canto Livre

O Coral Canto Livre não tem vínculo com nenhuma empresa ou orgão público e faz o trabalho coral gratuito, por puro amor ao canto. Sob a regência do maestro Luiz Quirino, os cantores são egressos de outros grupos que o maestro regeu em outras épocas. O Coral Canto Livre existe há dois anos e já se apresentou em inúmero eventos.

Coral Em Canto

O Coral Em Canto teve início em 1993, por iniciativa da diretoria do Educandário Getúlio Vargas, com coordenação da Sra. Lúcia Wanderley e sob a regência do maestro Orion Cruz, com a finalidade de promover o desenvolvimento artistico e cultural das crianças e adolescentes que frequentam a instituição.

Embora não obrigatório, é sempre recomendável o uso de máscaras.


Em cumprimento aos preceitos estatutários específicos da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, venho convocar os confrades e confreiras adimplentes para a Assembleia Geral a ser realizada na sede da ASL (Altos da 14 de Julho) no próximo dia 21 de dezembro (quinta-feira), às 18h. A Assembleia – que deliberará sobre eleição para preenchimento de Cadeira vaga, conforme respectivo Edital de abertura já publicado – realizar-se-á nos seguintes termos: a) em 1ª convocação, no dia e horário estabelecidos neste edital, com a presença de, no mínimo, cinquenta por cento dos membros Adimplentes, mais um; ou b) em 2ª convocação, com ¼ (um quarto), após 30 minutos do horário da 1ª convocação.

Campo Grande (MS), 11 de dezembro de 2023.

Henrique Alberto de Medeiros Filho – Presidente