ASL EM LUTO COM FALECIMENTO DE LÉLIA RITA DE FIGUEIREDO RIBEIRO

A Academia Sul-Mato-Grossense de Letras comunica pesarosamente o falecimento, em 23/08/2020, da Acadêmica Lélia Rita de Figueiredo Ribeiro, que ocupava a cadeira 27 desta Casa de Letras. Em luto, a ASL destaca a importância de Lélia Rita na sua atuação  em diversas áreas culturais e artísticas de Mato Grosso do Sul, tendo realizado alguns dos primeiros programas e projetos de Levantamento do Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico de MS. Paulo Coelho Machado se referiu assim a ela em seu um de seus livros: “A poesia de Lélia Rita vem repassada do espírito de sua época e traduz muito docemente a aflição maior do povo de sua terra natal – o sul de Mato Grosso -. A propositada e encantadora maneira de praticar a cisão do Estado, sem provocar derriças.”

Publicou os livros:

Amor em todos os Quadrantes – Poesia – Edição da Autora (1977);

O Amor, Centro da Vida – Ensaio (1978)

Estação Provisória – Poesia – Edição Masao Ohno (1983);

Cantos Gritos & Tombos, em parceria com sua filha Dora Ribeiro – Edição da Autora (1986);

Ensaio para a 20ª Bienal de SP – Ensaio (1986)

A Crítica e o Artista – Ensaio (1987)

O Homem e a Terra – Editora do Senado Federal – Síntese da História de Mato Grosso do Sul (1996)

O Voto Distrital Misto como Aperfeiçoamento de Representatividade Democrática – Ensaio – 1991

Cantando a Terra Mato-grossense, publicado pela Revista do Instituto Histórico de Mato Grosso (1998).

É autora da Criação poética projeto e produção da Cantata

Cênica “Peabiru – A Conquista do Novo Mundo,” (2000), com patrocínio da Petrobrás, Eletrobrás e Governo de MS.

Lélia Rita Euterpe de Figueiredo Ribeiro presidiu a Associação de Artistas Plásticos, como fotógrafa, tendo idealizado e executado programa de Expedição Cultural/ Artística, itinerando por várias cidades e estados do país e aldeias indígenas, integrando os mais diversos setores de vida cultural e artística, para revelar e difundir o Mato Grosso do Sul e sua bela natureza.

Foi também Diretora do Departamento de Cultura de Mato Grosso do Sul, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social

Criou, fundou e dirigiu de 1996 a 2006 a Casa da Memória Arnaldo Estevão de Figueiredo, que destinou-se a resgatar, difundir e desenvolver a memória, o ambiente e o turismo de MS. Um dos principais programas da Casa da Memória foi o de resgate e difusão, em parceria com o Projeto Resgate Barão do Rio Branco/Ministério da Cultura (1996/2000), de Documentos Históricos de MS, dentre os quais destaca-se o dos 2221 Documentos Históricos Coloniais da Capitania de Matto Grosso depositados no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa.

Conforme consta no Portal movimento.com, a obra vocal Peabiru, composta pelo professor João Ripper, é detentora do primeiro prêmio no 1º Concurso de Composição da Cidade do Rio de Janeiro – Rio Arte – e do 3º prêmio no segundo concurso da mesma entidade. Com texto da poeta Lélia Rita Figueiredo Ribeiro, a obra retrata os 500 anos do Descobrimento do Brasil e os 250 anos da Capitania de Mato Grosso).

Lélia Rita tomou posse na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras em 1986.

Que descanse em paz!