“Aqui, as manifestações artísticas são muito bem-vindas”, afirmou o presidente da ASL – Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Henrique de Medeiros, durante seu pronunciamento na comemoração do Cinquentenário da instituição, em solenidade realizada na sede em Campo Grande. Para ele, a ASL está sempre aberta para as pessoas que “compreendem que a leitura e o conhecimento forjam uma pessoa melhor. E isso se reflete nas sociedades que pretendemos e entendemos como necessitadas de evolução constante.”

Em evento que teve abertura do instrumentista e compositor Marcos Assunção; apresentação de minidocumentário sobre os 50 anos da Academia; lançamento de hino oficial da ASL; homenagem com estatueta criada para a ocasião a destacadas personalidades que tiveram importância para a instituição ao longo dessas décadas, a tônica da solenidade comemorativa foi o destaque da educação e cultura no fortalecimento do humanismo e do desenvolvimento da sociedade.

Para a vice-presidente da ASL, Marisa Serrano, “a Academia participa e contribui ativamente para a vida cultural sul-mato-grossense com suas atividades”. Segundo Marisa, os programas e eventos que compõem a agenda Literocultural da ASL fazem diferença no estímulo à produção cultural no Estado. Essa essência cultural ficou evidente no documentário comemorativo dos 50 anos da Academia, que deu grande enfoque ao aspecto educativo da Casa e teve apoio da Secretaria Estadual de Cidadania e Cultura e Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul.

A família do criador e fundador da ASL, Ulysses Serra, foi homenageada com a entrega da estatueta pelo acadêmico Samuel Xavier Medeiros a Ulisses Serra Neto.

HINO OFICIAL E BELAS ARTES

A poeta e acadêmica Raquel Naveira destacou que “a ASL busca, com suas ações dentro do cenário literário e das artes no Mato Grosso do Sul, fomentar o desenvolvimento das manifestações artísticas em geral”. Lembrou que a Academia foi pioneira no Estado em Campanha de Angariação e Distribuição de Livros, e criou Estante de Mato Grosso do Sul, com autores exclusivamente de nosso Estado.

O Hino-canção Oficial da Academia, “Luz das Letras”, foi recém-criado pelos acadêmicos compositores: Rubenio Marcelo (autor da música) e Henrique Alberto de Medeiros Filho (autor da letra). Nessa parceria, a obra enfoca os aspectos culturais e históricos da ASL, celebrando desde nomes de seus fundadores até a tradição e metas da entidade. A composição timbra sua proposital cadência e harmonia rítmica/musical com natural caracterização do moderno e fluência próprias dos desígnios da arte contemporânea – desarraigando-se, de acordo com Rubenio Marcelo, do habitual ‘semblante militarizado/marcial’ costumeiramente empregado em obras do gênero.

Membro da Diretoria da ASL, o acadêmico Samuel Xavier Medeiros destacou as disponibilizações dos Suplementos Culturais e Revistas da Academia, que estão liberados para acesso gratuito no site oficial acletrasms.org.br . “Essas publicações contribuem em muito para o conhecimento do que se produz em Mato Grosso do Sul através de sua literatura”, frisou o escritor. Américo Calheiros ressaltou a estatueta desenvolvida especialmente para o Cinquentenário, que adapta a escultura O Pensador, de Rodin, para adaptação com o livro – criada pela Slogan Publicidade através do designer Edmilson Luchese e transformada em arte pelas mãos do escultor Marcos Rezende -, destacando que ela resume a “força da leitura para o pensamento e a formação da personalidade das pessoas”.

ESTATUETAS E HOMENAGENS

As homenagens prestadas pela Academia honraram nomes que acompanharam e apoiaram ao longo dos anos a história da ASL. Foram homenageados os fundadores Ulysses Serra e Germano Barros de Souza in memoriam, através de suas famílias com a presença de Ulysses Serra Neto e Deborah Passarelli Barros de Souza, e José Couto Vieira Pontes – o único fundador a receber a estatueta em vida –.

O governador Reinaldo Azambuja – representado pelo Secretário de Estado de Cidadania e Cultura, João César Mattogrosso – e o ex-governador André Puccinelli foram homenageados e receberam as estatuetas, respectivamente, dos acadêmicos Marisa Serrano e Américo Calheiros. O IGHMS – Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul também foi laureado com a estatueta, bem como a educadora Reni Domingos dos Santos, que recebeu a homenagem pelas mãos do acadêmico Pedro Chaves dos Santos Filho.

Receberam homenagens ainda in memoriam Wilson Barbosa Martins e Inah Machado Metello, através de suas famílias. O Jornal Correio do Estado e o Prof. J. Barbosa Rodrigues também receberam a homenagem, e apoiadores da Academia: o Conselheiro Jerson Domingos, o engenheiro Jary Castro, Manfredo Alves Corrêa, Átila Teixeira Gomes e Sinval Martins de Araújo.

Fotos da solenidade podem ser acessadas pela aba Fotos, no menu principal: https://acletrasms.org.br/solenidade-do-cinquentenario-da-asl/

Nos eventos da Academia, as atividades sempre são iniciadas com uma apresentação cultural. Na noite da Cerimônia Comemorativa do Cinquentenário, teremos um momento musical com a apresentação do internacional instrumentista e compositor Marcos Assunção, que atualmente vem se dedicando ao seu novo projeto “Viola para o Mundo”, bem como novas edições de livros autorais de método musical. 

Marcos Assunção é natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Já aos 7 anos de idade participava da banda Marcial da escola; começou a estudar violão e guitarra aos 13 anos. É graduado em música pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pós-graduado em Educação Musical. Em 2008, recebeu o prêmio nacional do Projeto Pixinguinha, Prêmios Produção (FUNARTE–RJ). 

Apresentou-se como concertista e palestrante em importantes eventos culturais pelo Brasil, América do Sul e Europa. Participou de festivais como na Universidade de Antofagasta (Chile), Festival Tensamba (Espanha), Festival de Jazz em La laguna – Tenerife Norte (Ilhas Canárias). 

Tem cinco CDs lançados, e é autor do livro método “Viola Brasileira Volume I”. Suas interpretações vão desde a polca paraguaia até o blues. Marcos Assunção foi também coordenador pedagógico do projeto Som das Águas, diretor musical e arranjador da orquestra Camerata Violeira e criador do Festival JAZZ e VIOLA de Campo Grande. 

A ASL irá efetuar uma cerimônia comemorativa de seus 50 anos. Haverá apresentação de video comemorativo sobre a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, bem como o lançamento da canção “Luz das Letras”, o hino oficial da academia, composto recentemente pelos imortais Rubenio Marcelo – diretor de cultura da instituição – autor da música e da melodia, e Henrique Alberto de Medeiros Filho – atual presidente da casa e autor da letra -. O vídeo mostra a instituição a partir do depoimento de seus integrantes, enfatizando os propósitos educativos, culturais e literários da casa, que há cinco décadas preserva e fomenta as tradições literárias e a cultura de Mato Grosso do Sul. No Hino, os autores retratam os aspectos culturais e históricos da academia, celebrando desde nomes dos fundadores até a tradição e as metas da entidade. A Academia irá ainda laurear algumas personalidades, instituições e empresas que, ao longo de sua história e atualmente, tiveram importante participação na trajetória da ASL. A matéria publicada no jornal Correio do Estado pode ser melhor lida através do link: https://correiodoestado.com.br/correio-b/aniversario-academia-de-letras-de-ms/393100

Eleitos mas ainda não empossados – estão sendo estudadas datas para cerimônias de posse -, Ana Maria Bernardelli e Humberto Espíndola foram entrevistados pelo jornal Correio do Estado. Suas opiniões sobre a ASL, suas posições culturais e alguns ideais sobre Educação foram abordados. A matéria pode ser melhor lida pelo link: https://correiodoestado.com.br/correio-b/academia-sulmatogrossense-de-letras-ganha-novos-membros/392805

A Academia Sul-Mato-Grossense de Letras / ASL completa hoje 50 anos. São Acadêmicos em defesa da educação e da cultura, incentivando o interesse pela leitura, pelo idioma nacional e pelas literaturas estadual e nacional. Ao longo desses anos, promoveu ações através de inúmeras atividades desenvolvidas. Nesse mês de novembro e durante o ano de seu cinquentenário, a ASL realizará várias iniciativas comemorativas. Esse é o logotipo da ASL 50 anos. Uma Academia incentivando e fomentando as belas artes, em qualquer das suas diversas manifestações.


 
A poeta, ensaísta, crítica literária e palestrante Ana Maria Bernardelli e o escritor e artista plástico Humberto Espíndola foram eleitos na tarde desta quarta-feira como novos imortais da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, em assembleia geral conforme o estatuto da ASL e de acordo com recente edital de abertura de vagas. Ana Maria Bernardelli ocupará a Cadeira nº 27, na sucessão da saudosa acadêmica Lélia Rita de Figueiredo Ribeiro, falecida em 2020; e Humberto Espíndola ocupará a Cadeira nº 38, na sucessão do saudoso acadêmico Wilson Barbosa Martins, falecido em 2018.
 
Regularmente inscritos conforme exigências estatutárias da ASL na abertura de vagas, e  eleitos por votação geral em plenário, ambos devem tomar posse solene em breve. Com significativa presença de Acadêmicos, obedecendo os protocolos de biossegurança, no auditório da entidade, a sessão foi dirigida pelo atual presidente da Academia, acadêmico Henrique Alberto de Medeiros Filho.
 
Os novos Imortais:
 
Ana Maria Carneiro Bernardelli é poeta, ensaísta, crítica literária e palestrante. Graduada em Letras, professora especialista em Literatura Brasileira e Portuguesa. Musicista certificada pelo Centro de Artes do Rio de Janeiro. Formada em Língua e Literatura Francesa pela Université de Nancy, França. Membro da Comissão sul-mato-grossense de Folclore. Durante três décadas, de 1974 a 2000, exerceu o magistério desde o ensino básico até a Universidade – onde priorizou o ensino de Literatura Brasileira e Literatura Portuguesa. Publicou em 2014 a coletânea de poemas Emoções gota a gota, uma obra intertextual: poesia, pintura e música. Em 2017, coorganizou “101 Reinvenções”, uma Antologia de 101 poetas do MS, com poemas inspirados na poética de Manoel de Barros; em 2018, Prosas e Segredos da Morena, uma coletânea de contos baseados na cidade de Campo Grande MS; e “101 Reinvençõezinhas” – antologia de poemas infantis. Em 2020, lançou o livro de poemas: Na Trilha das Formigas (Ed. Life, Campo Grande).
 
Humberto Augusto Miranda Espíndola é escritor e artista plástico, primeiro Secretário Estadual de Cultura de MS (1987/90), detentor de relevantes prêmios culturais e artísticos. Autor do livro “Pintura e Verso” (Ed. Entrelinhas, 2017). É formado em jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná. Também crítico de arte, é membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Representou o Brasil na 10ª e 11ª Bienal Internacional de SP (1969-1971), 2ª Bienal de Medellín (Colômbia, 1972), 36ª Bienal de Veneza (Itália, 1972), 1ª Bienal Ibero-americana (México, 1978), 1ª Bienal de Havana (Cuba, 1984) e 2ª Bienal de Cuenca (Equador, 1989). Suas obras integram acervos de museus e coleções no Brasil e no exterior. Foi Gestor artístico do Museu de Arte Contemporânea de MS, 2002/2005; Coordenador de Artes Plásticas do 1º, 2º e 3º Festival América do Sul, Corumbá/MS. Com Aline Figueiredo organizou o livro “MACP – Animação cultural e inventário do acervo do MACP da UFMT” (Ed. Entrelinhas, 2010). Em 2019 foi agraciado pela UCDB e pela UFMS com o título de Doutor Honoris Causa, pelos relevantes serviços prestados à arte e à cultura.
 
A Academia Sul-Mato-Grossense de Letras:
 
Atualmente comemorando o seu Cinquentenário, a ASL – com 40 Cadeiras vitalícias, aos moldes da ABL – foi fundada pelos escritores Ulisses Serra, Germano de Souza e José Couto Pontes em 30 de outubro de 1971. A instituição surgiu com o nome de Academia de Letras e História de Campo Grande. Esta denominação predominou até final de dezembro de 1978, quando, às vésperas da instalação da nova unidade da Federação (MS), que se daria no dia 1º/01/1979, a entidade foi transformada em Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL). Adotando abalizados critérios para a habilitação e eleição de seus membros, a ASL – referência cultural no estado – registra ao longo da sua existência uma história marcante voltada para a defesa da língua portuguesa e o cultivo da arte literária, zelando e incentivando todas as derivações da cultura nacional e estadual. Possui sua nova sede situada na Rua 14 de Julho nº 4653, em Campo Grande. Maiores informações sobre a ASL e seus acadêmicos encontram-se no site www.acletrasms.org.br .
 
Os atuais membros da ASL são: Abrão Razuk; Altevir Soares Alencar; Américo Ferreira Calheiros; Antonio João Hugo Rodrigues; Augusto César Proença; Elizabeth Fonseca; Emmanuel Marinho; Enilda Mougenot Pires; Francisco Leal de Queiroz; Geraldo Ramon Pereira; Guimarães Rocha; Henrique Alberto de Medeiros Filho; Ileides Muller; José Couto Vieira Pontes; José Pedro Frazão; Lenilde Ramos; Lucilene Machado Garcia Arf; Maria Adélia Menegazzo; Marisa Serrano; Orlando Antunes Batista; Oswaldo Barbosa Almeida; Paulo Corrêa de Oliveira; Paulo Sérgio Nolasco dos Santos; Paulo Tadeu Haendchen; Pe. Afonso de Castro; Pedro Chaves dos Santos Filho; Raquel Naveira; Reginaldo Alves de Araújo; Renato Toniasso; Rubenio Marcelo; Samuel Xavier Medeiros; Theresa Hilcar e Valmir Batista Corrêa. Ana Maria Bernardelli e Humberto Espíndola foram eleitos e aguardam solenidades de posse.

A Academia Sul-Mato-Grossense de Letras completará 50 anos no dia 30 de outubro de 2021. Esta matéria do jornal Correio do Estado aborda um pouco dessa história e o desempenho da Academia na Educação, Cultura e Literatura no estado de Mato Grosso do Sul. Pode ser acessado para melhor leitura através do link: https://correiodoestado.com.br/correio-b/academia-de-letras-do-ms-celebra-50-anos/391834

Parabéns aos escritores em seu dia.

A Academia Sul-Mato-Grossense comunica, com pesar, o falecimento em 03/07/2021 de seu acadêmico Rêmolo Letteriello, que ocupava a Cadeira nº 22 desta Casa de Letras. Partícipe constante das atividades da Casa e membro da comissão jurídica da ASL, Rêmolo engrandeceu nossa Academia e esteve sempre presente nas realizações da instituição. Natural de Campo Grande, MS (20 de março de 1941), era filho de Miguel Letteriello e Nélida Andreoni Letteriello; era casado e pai de três filhas. Rêmolo era Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Paraná – Turma 1966, advogado e desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Rêmolo Letteriello tomou posse solene na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras na noite de 20 de março de 2009, sendo saudado, conforme pauta da ASL, pelo acadêmico Abrão Razuk. A Cadeira 22 da ASL pertenceu anteriormente à saudosa acadêmica Oliva Enciso. Escreveu e publicou obras muito aplaudidas no meio jurídico, como: “Ação Reivindicatória” (coautoria com Paulo Tadeu Haendchen), “Ação de Usucapião Ordinário”, e “Repertório dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais”. Mais recentemente, publicou “Temas de Mediação no Direito Comparado / A Mediação em 66 países”; e o livro biográfico “Reverenciando Canale – um marco de bravura moral”. 

Ocupou funções como Membro do Órgão Especial, da 1ª Seção e da 4ª Turma Cível do TJ-MS; Presidente do Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais de MS; Membro da Comissão Executiva do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiças do Brasil; Presidente da Comissão dos Juizados Especiais do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil; Membro da Comissão Legislativa do Fórum Nacional dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Brasil – FONAJE; Vice-Presidente e Corregedor do Tribunal Regional Eleitoral – MS.

Entre outras atividades exercidas, foi Diretor da Subseção de Campo Grande, da Ordem dos Advogados do Brasil; Presidente da Associação dos Advogados de Campo Grande; Juiz de Direito nas Comarcas de Coxim, Dourados e Campo Grande; Professor de Direito Penal e Direito Processual Civil da Faculdade Católica de Mato Grosso – FUCMAT; Professor de Direito Penal da Faculdade de Direito de Dourados – MS; Professor de Direito Penal na Escola Superior da Magistratura de MS; Presidente da Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul – AMAMSUL; Vice-Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB; Corregedor-Geral da Justiça – Biênio 1989/1990; Diretor-Geral da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso do Sul; Presidente do Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais – Biênios 1990/1992, 1992/1994 e 2003/2004.

Em sua longa e pródiga carreira, atuou ainda como Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul – Biênio 1998/1999; Presidente do colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais – 1998/1999; Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul – Biênio 1999/2000 e Ouvidor Judiciário – Biênio 2001/2002. Por duas vezes (15.05.01 e 25.09.01) figurou em listas tríplices destinadas ao preenchimento de cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça – STJ.

Rêmollo Leteriello recebeu diversas condecorações ao longo de sua vida, como a Medalha do Mérito Judiciário outorgada pela Associação dos Magistrados Brasileiros AMB – 1980; Medalha Cristóvão Colombo conferida pelo Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro – 1992; Medalha da Inconfidência, conferida pelo Governo do Estado de Minas Gerais – 1999; Medalha do Mérito Legislativo Campo-Grandense conferida pela Câmara Municipal de Campo Grande – 2001; Medalha do Mérito da Magistratura, outorgada pelo Tribunal de Justiça da Bahia – 2009-03-17; Diploma de Professor Emérito da Faculdade de Direito de Dourados – SOCIGRAN – 1985; Diploma de Honra ao Mérito das Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso – FUCMT 1990; e Diploma do Mérito Eleitoral – TRE/MS -1999.

Que descanse em paz.

                                               ASL assessoria – www.acletrasms.org.br (03/07/2021)

“Quando uma reforma tributária pretende incluir impostos que acarretarão aumento no custo de livros, não há romance que dê certo; não há conto que conte; não há poesia que pulse; não há literatura e cultura que vinguem”, afirmou o presidente da ASL / Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, acadêmico Henrique de Medeiros, ao comentar a insistência dos órgãos federais em impor aumento na tributação editorial no país. Segundo Medeiros, a ASL está tomando posição e divulgando pelas mídias sociais um engajamento pelo “Não ao Imposto do Livro!”

De acordo com estudos que vêm sendo feitos pelo setor, a estimativa é de que os preços dos livros podem subir até 20% com aplicação da alíquota de imposto de 12%. Segundo o acadêmico e atual membro da Comissão de Cultura da ASL, Rubenio Marcelo, “o mercado livreiro está atravessando um momento de apreensão”; para ele, “tornar o livro mais caro e inacessível a determinadas camadas da população apenas agrava ainda mais a falta de políticas públicas para a leitura”. No ano passado, um abaixo-assinado com mais de 1 milhão de assinaturas defendeu a não tributação do livro.

De acordo com pesquisa feita em parceria pelo Itaú Cultural com o Instituto Pró-Livro através do Ibope Inteligência, no momento da compra de um livro o fator preço influencia 22% dos leitores brasileiros (é também principal fator de influência no momento da escolha de que título comprar). O Acadêmico Américo Calheiros, membro da Diretoria da ASL, criticou a posição da Receita Federal em divulgar que o imposto pode ser aplicado porque livros não são consumidos pelos mais pobres. Calheiros avalia essa posição como discricionária e que o aumento de custos também irá atingir a área de livros didáticos, que totalizam mais da metade das vendas de livros no país.

O acadêmico Samuel Xavier Medeiros, também membro da Diretoria da ASL, disse acreditar que os protestos de significativos setores da sociedade, inclusive com um manifesto entregue à comissão avaliadora da proposta da reforma tributária pelo Instituto Pró-Livro – que é constituído pela Associação Brasileira de Livros Escolares (Abrelivros), pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional Editores de Livros (SNEL) – devem contribuir para que essa lei não tenha chance de passar pelo Congresso e influenciar negativamente o mercado livreiro e a população leitora.

A Academia Sul-Mato-Grossense de Letras está também disponibilizando em seu perfil no Facebook um tema de avatar para aqueles que desejarem expor em suas mídias sociais o protesto pelo aumento dos livros no país e se engajar pelo “Não ao Imposto do Livro”. O presidente da ASL, Henrique de Medeiros, defendeu ainda que educação e cultura fazem parte do conceito de leitura e que os livros continuem com a imunidade e as desonerações existentes.