O acadêmico Rubenio Marcelo, que é o secretário-geral da ASL e Conselheiro Estadual de Cultura de MS, é o mais novo detentor do relevante Título de Cidadania do Estado de Mato Grosso do Sul.
Em deliberação recente do Plenário, a Assembleia Legislativa/MS outorgou-lhe a significativa Honraria (Resolução 074/10, publicada no DOEMS n. 7817, de 28/10/2010).
A Sessão Solene de entrega oficial do Título de Cidadão Sul-Mato-Grossense ao acadêmico Rubenio Marcelo aconteceu na noite de 29/11, em concorrido evento na AL/MS – no Plenário “Deputado Júlio Maia” do Palácio Guaicurus, Campo Grande.

Em assembléias recentes, e tudo conforme Estatuto, a Academia elegeu os escritores Maria Adélia Menegazzo e Wilson Barbosa Martins (inscritos regularmente) como novos membros efetivos do sodalício, que ocuparão respectivamente as cadeiras 09 e 38 da ASL (ambos os assentos encontravam-se vagos devido ao falecimento de seus titulares). Foi também eleito, como membro correspondente, o humanista e escritor Daisaku Ikeda.

 O acadêmico Américo Ferreira Calheiros recebeu, na noite de 20/09/2010, o Título Honorífico de Cidadão Sul-Mato-Grossense da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em Sessão Solene que aconteceu no Plenário “Deputado Júlio Maia”, do Palácio Guaicurus (Campo Grande – MS).

   Destacando-se como uma personalidade cultural que tem prestado relevantes e permanentes serviços ao Estado, Américo Calheiros já foi condecorado, em 21 de outubro do ano passado, com a importante Comenda do Mérito Legislativo pela Assembleia Legislativa estadual.

José Fragelli em palestra na Academia

 

   Com profundo pesar, cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento do nosso estimado confrade José Manoel Fontanillas Fragelli, que era o titular da Cadeira nº 10 da ASL.
Aos 94 anos de idade, Fragelli faleceu em Aquidauana/MS (onde residia) na madrugada desta sexta-feira (30).
O corpo foi velado no plenário da Câmara Municipal da cidade e foi sepultado no final da tarde no Cemitério Municipal.
Nascido em Corumbá, em 31/12/1915, José Fragelli foi Promotor de Justiça; professor e diretor do Colégio Osvaldo Cruz, de Campo Grande; eleito Deputado Estadual (MT) durante o governo de Fernando Corrêa da Costa, do qual foi líder da Assembléia Legislativa e secretário de Interior, Justiça e Finanças; Deputado Federal (1955 a 1959); governador do Estado do Mato Grosso entre os anos de 1971 e 1974; Senador da República (1980 a 1997) e também Presidente do Congresso Nacional. Assumiu a Presidência da República por duas vezes.

   Aos familiares e amigos, nossas condolências. Descanse em paz, confrade José Fragelli.

 Já lançado oficialmente na noite de 31/03 em Campo Grande/MS, em 12/04 em Dourados/MS e em 28/04 em Corumbá, o livro “A Literatura Sul-Mato-Grossense na ótica de seus construtores” – da autoria de Maria da Glória Sá Rosa e Albana Xavier Nogueira – teve novo lançamento em 3 de maio/2011, na cidade de Anastácio/MS.
O evento, que fez parte da programação de aniversário daquele Município, aconteceu no Centro de Convenções e Eventos Cláudio Valério. Nesse livro, as autoras destacam dois escritores da cidade – o ex-prefeito Cláudio Valério e o acadêmico José Pedro Frazão.

   Prefaciado por José Fernandes (Doutor em Letras pela UFRJ e membro da AGL), o livro apresenta 21 escritores e 4 críticos literários do Estado.

   A escritora Maria da Glória Sá Rosa, em texto seu acerca do livro, assim expressou: “A presente obra, intitulada A literatura sul-mato-grossense na ótica de seus construtores, brotou do desejo de caminhar ombro a ombro com os sujeitos da pesquisa, os criadores de histórias, poemas, contos, numa tentativa de desbravar os caminhos da escrita pela força de depoimentos em que a memória organizou, de forma cronológica, as lembranças definidoras dos traços distintivos de uma literatura multifacetada, onde cabem influências de toda ordem. De certa forma, foi uma viagem ao reino dos mitos, à descoberta do “quem das coisas”, diálogo dos avessos, que se escondem no interior das palavras”.

Revista da ASL nº 16

A Academia Sul-Mato-Grossense de Letras realizou em 22/02/2010, por ocasião do seu tradicional Chá Acadêmico, o lançamento da Revista da ASL nº 16, bem como efetuou a entrega dos prêmios aos vencedores do mais recente “Concurso de Contos Ulisses Serra” – 1º, 2º e 3º lugares, comunicados conforme edital do certame.
Com a finalidade de divulgar os trabalhos literários dos membros da ASL, a Revista homenageou [nesta sua 16ª edição] o saudoso confrade Zorrillo de Almeida Sobrinho. Apresentou uma antologia com textos de vários acadêmicos, e também publicou os textos vencedores do Concurso de Contos Ulisses Serra (ed. 2009), que foram:
1º Lugar: “Polux e Castor” (de Arlindo Fernandez); 2º Lugar: “Diário da Guerra do Paraguai” (de Arli Norberto Cardoso Ribeiro); e 3º Lugar: “Cromoterapia” (de Eduardo Gomes Ismael).
Revista da ASL, que possui distribuição gratuita e dirigida, pode ser encontrada na sede da Academia.

    Com profundo pesar, cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento [na tarde de 25/12/2009] do nosso querido confrade Zorrillo de Almeida Sobrinho. O corpo foi velado e sepultado no Memorial Park – Campo Grande.

    Natural de Fortaleza/CE e residente há vários anos em Campo Grande/MS, Zorrillo A. Sobrinho deixa, aos 82 anos de idade, inúmeras obras literárias publicadas. Era o titular da Cadeira n. 25 da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, cujo Patrono é Arnaldo Serra

    Descanse em paz, confrade Zorrillo de Almeida Sobrinho.

    Com a presença de grande público, foi lançada (na noite de 22/12/2009, na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, em confraternização de final de ano do sodalício – que reuniu acadêmicos e familiares, além de convidados) a edição nº 15 da Revista da ASL, que enfoca o tema “A ASL e seus 38 anos de Fundação” e homenageia a ilustre acadêmica Maria da Glória Sá Rosa (Profª Glorinha), além de apresentar também uma coletânea de textos literários dos acadêmicos.

   Com a sua distribuição gratuita [e dirigida], a Revista da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras tem a finalidade de divulgar os trabalhos literários de seus acadêmicos perante, especialmente, as instituições educacionais e culturais do nosso Estado.

   No dia 30 de outubro de 1971, Ulisses Serra fundou a Academia de Letras e História de Campo Grande, tendo como cofundadores José Couto Vieira Pontes e Germano Barros de Sousa.
Logo foram incorporados outros intelectuais, como J. Barbosa Rodrigues, Júlio Alfredo Guimarães, Hugo Pereira do Vale e Antônio Lopes Lins.
No ano seguinte, no dia 30 de junho, falecia Ulisses Serra, que escrevera, no seu insubstituível livro “Camalotes e Guavirais” (lançado em 1971): “Se eu morrer alhures, onde quer que seja, morrerei um exilado e um proscrito de mim mesmo. Como sucedia aos antigos egípcios, minha alma, aflita e errante, esvoaçaria pelo infinito sem nunca encontrar abrigo. Aqui não morreria de todo. Ouviria o passo e a voz dos meus amigos, o gorjeio dos pássaros que amo, o farfalhar das frondes que conheço e o bater do coração da minha casa.
Assim, assumia a direção da Academia o vice-presidente José Couto Vieira Pontes que, reeleito sucessivamente, esteve, até outubro de 1982, à frente dos destinos da mais legítima e proeminente entidade cultural de Mato Grosso do Sul.
No dia 13 de outubro de 1972, ocorreu, no salão nobre do Hotel Campo Grande, a sessão solene de instalação da Academia de Letras e História de Campo Grande, com a presença de inúmeras autoridades, destacando-se os escritores Ivan Lins e Hernâni Donato. Aquele, representando a Academia Brasileira de Letras; este, a Academia Paulista de Letras.
De 1982 a 85, foi presidente Otávio Gonçalves Gomes; sucedeu-o J. Barbosa Rodrigues. Em 1988 foi eleito Elpídio Reis, que presidiu a Academia até 1997, quando faleceu, sendo substituído pelo vice-presidente Arassuay Gomes de Castro, que, por motivos de saúde, renunciou em 29 de janeiro de 1999.
Na presidência de Otávio Gonçalves Gomes, o brasão da Academia sofreu leve alteração: das 54 estrelas foram retiradas 14, representando, as quarenta remanescentes, o número de cadeiras da Academia. No lugar das estrelas excluídas inseriu-se, por sugestão do acadêmico Hildebrando Campestrini, o dístico (de Cícero) Litterarum Lumen (a luz das letras).
O então secretário-geral, acadêmico Hildebrando Campestrini, convocou novas eleições, tendo sido eleito, em 11 de fevereiro do mesmo ano, José Pereira Lins, que completou o mandato de presidente e foi reeleito, tendo renunciado em 13 de novembro de 2002. Lins foi substituído pelo secretário-geral à época, Hildebrando Campestrini (pois o vice-presidente, Júlio Alfredo Guimarães, falecera).
Convocadas novas eleições, foi aclamada, no dia 30 de janeiro de 2003, a chapa presidida pelo acadêmico Francisco Leal de Queiroz. Na presidência de Leal de Queiroz, além da criação da Revista da ASL e do Colar Acadêmico, foram recuperados e modernizados alguns espaços do imóvel (sede da ASL), o que permitiu implantar, na área vaga, um excelente espaço cultural (inaugurado no dia 14 de agosto de 2003), bem como instalar, na parte do fundo, o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul (que funcionou no local até janeiro de 2008. Atualmente, o IHGMS atende em novo endereço: Avenida Calógeras, 3.000 – Esplanada da Ferroviária – Campo Grande).
Para o triênio administrativo compreendido entre 2005/2008 foi eleito o acadêmico Reginaldo Alves de Araújo, que reativou projetos tradicionais como o Chá Acadêmico da ASL (reunião que atualmente acontece sempre na última segunda-feira de cada mês, confraternizando acadêmicos, familiares e convidados do sodalício). Reeleito duas vezes, Reginaldo encerra mandato em 30/10/2017.
Em assembleia geral realizada em 07/10/2017, foi eleita a Chapa para o triênio 2017/2020, composta por: Presidente – acad. Henrique de Medeiros; Vice-presidente – acadª. Raquel Naveira; Secretário-geral – acad. Rubenio Marcelo; Secretário – acad. J. P. Frazão; 1ª Tesoureira – acadª. Elizabeth Fonseca; 2º tesoureiro – acad. Valmir Batista Corrêa. Esta diretoria tomou posse na noite de 30/10/2017, quando a Academia comemorou 46 anos de fundação.
Pode-se dividir a história da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras em antes e depois da presidência de Elpídio Reis. Na primeira fase, de consolidação, a Academia criou, nos primeiros anos, por sugestão do fundador, o Suplemento Cultural (publicação de textos dos acadêmicos da ASL), que é até hoje editado regularmente todos os sábados, no CORREIO DO ESTADO (jornal de maior circulação no Estado). Acrescente-se que o Suplemento Cultural deve ser hoje o de maior longevidade na imprensa brasileira. Além disso, era instituído, em 1972, o Concurso de Contos Ulisses Serra.
Também por cortesia do acadêmico J. Barbosa Rodrigues, as dependências do jornal CORREIO DO ESTADO abrigaram uma das primeiras sedes da Academia. Logo começaram as publicações, destacando-se CAMPO GRANDE – ASPECTOS JURÍDICOS E POLÍTICOS DO MUNICÍPIO (de Demóstenes Martins, 1972), DESTE LADO DO HORIZONTE (de José Couto Vieira Pontes, 1972), BIOGRAFIAS DE PATRONOS (1973). Quando assumiu a presidência, Elpídio Reis propôs alguns projetos, iniciando pela mudança de endereço. Alugou-se um sobrado na Rua Euclides da Cunha, com espaço para ali implantar alguns serviços e oferecer cursos.
Em 1988, como contribuição maior à cultura sul-mato-grossense, surgiu a Série Historiográfica (com 14 títulos), publicada pelo Tribunal de Justiça. Dessa coleção se destacam obras que atualmente são clássicas em nossa bibliografia: SEISCENTAS LÉGUAS A PÉ (de Acyr Vaz Guimarães, reeditada pela Biblioteca do Exército), CAMALOTES E GUAVIRAIS (de Ulisses Serra), CANAÃ DO OESTE (de José de Melo e Silva), PELAS RUAS DE CAMPO GRANDE (1.° volume – A RUA VELHA; 2.° – A RUA PRINCIPAL; 3.° – A RUA BARÃO – de Paulo Coelho Machado, observando-se que o 4.° volume e 5.° foram editados posteriormente pela prefeitura municipal) e HISTÓRIA DE MATO GROSSO DO SUL (de Hildebrando Campestrini e Acyr Vaz Guimarães).
Foi criada a Estante de Mato Grosso do Sul e, pouco depois, foram ativados o Centro de Pesquisa e o Clube do Livro para incentivar a leitura e facilitar a pesquisa principalmente de estudantes.
Outra iniciativa foi a Campanha de Angariação e Distribuição de Livros, que conseguiu alguns milhares de volumes, com os quais a Academia formou numerosas minibibliotecas, distribuídas a escolas, presídios, clubes de serviço, entre outros. Anote-se que esta Campanha teve a colaboração intensa do saudoso acadêmico Hélio Serejo.
Foram ministrados, na sede, diversos cursos, como Arte Poética, Arte de Escrever, Arte do Conto. E para os alunos das escolas da capital foi criada a campanha A Academia nas Escolas, que levava acadêmicos para falar aos alunos (Projeto este que vem atualmente se realizando).
Incentivando o intercâmbio, a Academia recebeu a visita do então presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Ataíde, e de Afrânio Coutinho.
Nesse período a Academia expandiu-se para o interior, com alguns cursos e algumas sessões solenes, destacando-se a de comemoração do centenário de Aquidauana.
Vale registrar que o acadêmico Luís Alexandre de Oliveira doou, em vida, para a Academia, sua casa, situada no centro da cidade, na Rua Rui Barbosa, 2.624. Com o seu falecimento, a Academia transferiu sua sede para este local, em 1.° de outubro de 1999.
Na manhã do dia 14/12/2011, com a presença de acadêmicos e autoridades, houve o lançamento da Pedra Fundamental da nova sede da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (que foi construída na Rua 14 de Julho, 4653 – Bairro São Francisco – Campo Grande/MS), em terreno da entidade, e inaugurada em 25/08/2017.

 

Acadêmico Américo Calheiros – Presidente da FCMS

 

   Destacando-se como uma personalidade cultural que tem prestado relevantes e permanentes serviços ao Estado, o ilustre acadêmico Américo Ferreira Calheiros – que é presidente da Fundação de Cultura de MS – foi condecorado, na noite de quarta-feira (21), com a importante Comenda do Mérito Legislativo pela Assembleia Legislativa estadual.

   A homenagem aconteceu em sessão solene proposta pelo deputado Youssif Domingos.

________________________________

   A insigne acadêmica e doutora honoris causa pela UFMS, Maria da Glória Sá Rosa (professora Glorinha), por sua vez, homenageia o nosso confrade Américo Calheiros com um belíssimo texto:

   A LIDERANÇA CULTURAL DE AMÉRICO CALHEIROS

   “Que pode uma criatura senão
entre criaturas amar?”
 – Carlos Drummond de Andrade.

    Américo Ferreira Calheiros nasceu para o dever de entregar-se à paixão por tudo que na vida vale a pena.
Criança ainda, seu brinquedo favorito era tecer palavras, inventar e encenar histórias.
Mais tarde, descobriu no teatro, nas artes plásticas, na poesia e na educação o destino do amor sem conta de que nos fala o poeta.
Não satisfeito com tudo isso, quis distribuir aos outros o prazer de construir idéias, criar mundos de sonho para fazer da vida a grande aventura de amor ao semelhante, na fuga aos caminhos da rotina e da desesperança. Abrir espaços, decifrar enigmas transformadores da vida num reconfortante retorno à infância reveladora de mistérios é seu objetivo maior.
Tornou-se a princípio um expert nas áreas do teatro, onde atuou como ator, diretor e autor de peças premiadas, nos diversos ramos das artes cênicas. Mais tarde, militou na literatura, com muitos livros e artigos publicados em revistas e jornais.
Eternamente jovem, a cada minuto renasce em caminhos imprevisíveis, em vidas recriadas pelo gosto de inventar.
Américo Calheiros é hoje o nosso mais competente líder cultural, estimulador de talentos, que descobriu e ajudou a desenvolver nos mais de 30 anos de militância cultural.
Atualmente, na presidência da Fundação de Cultura do Estado, abre fronteiras na música, na literatura, na dança, no artesanato, sendo um dos maiores defensores da cultura popular, aquela que emana das sociedades e a elas retorna nessa verdadeira interação entre os artistas e o mundo em que se situam.
O que mais impressiona em Américo Calheiros, além da capacidade de inventar coisas e projetos, é a alegria com que se entrega ao trabalho, o que transparece no gesto, no olhar, no sorriso feliz de quem tem sente prazer no que faz.
Em todos os cargos que ocupa, seu olhar emite clarões que iluminam espaços, recria veredas, surpreende e estimula os que fazem parte de sua equipe. Conviver com ele é aprender a decifrar os segredos da cultura.
Felizes de nós que temos à frente do processo cultural de MS alguém que ama a vida, inaugura novos espaços e dá a nosso estado perspectivas de crescimento, de força, para cumprir o destino do amor sem conta numa doação ilimitada à paixão de viver e amar.

    Maria da Glória Sá Rosa2